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Na noite de quarta-feira, 18 de setembro, o Maranhão perdeu um dos seus grandes talentos musicais. Carlos Berg, cantor e compositor de 47 anos, faleceu devido a complicações neurológicas resultantes de um grave Acidente Vascular Cerebral (AVC). O artista estava internado há alguns dias no Hospital Dr. Carlos Macieira, em São Luís, onde sua luta pela vida terminou. Sua morte representa uma grande perda para a música maranhense e nordestina, deixando um legado de composições marcantes e uma carreira de 26 anos que cativou fãs por todo o Brasil.
Carlos Berg começou sua trajetória musical cedo, e ao longo de sua carreira, colaborou com diversos artistas maranhenses de destaque. Entre seus parceiros musicais estão nomes como Célia Leite, Gerude, Ronald Pinheiro, Luís Lima, Sérgio Panichi, João Marcus e Nosly. Essa troca criativa com outros artistas ajudou a consolidar sua posição na cena cultural do estado. Seu talento para compor e interpretar músicas que falam diretamente ao coração do público o destacou como um dos grandes artistas do Maranhão.
Entre suas músicas mais populares, várias ganharam espaço nas rádios locais e em outras regiões do Nordeste. Canções como “Assim Seja”, “Down”, “Pintura”, “Pra Sempre”, “Eu e tu, tu e eu”, “Luz do Alto”, “Dia de Yansã” e “Punhais” fazem parte do primeiro álbum de Carlos Berg e tornaram-se clássicos em seus shows. Sua musicalidade, marcada por letras profundas e arranjos ricos, conquistou fãs e o respeito de seus colegas de profissão. Esses sucessos eram presença garantida em suas apresentações, que sempre atraíam um público fiel e apaixonado.
A carreira de Carlos Berg foi marcada por muitos prêmios e reconhecimentos em festivais regionais e nacionais. Entre suas obras mais notáveis está a canção “Fulêra no Quinto”, uma parceria com Gerude, que foi gravada por Zeca Baleiro e interpretada por Alcione. Além disso, a música “Covardes Algemas”, vencedora do Festival Unireaggae, é um tributo ao repentista Gerô, artista maranhense brutalmente assassinado em 2007. Outra canção de destaque foi “Down”, uma balada romântica que alcançou grande sucesso nas rádios de todo o Brasil e rendeu a Carlos o Prêmio Revelação de 2011 pela rádio Universidade FM.
Entre suas colaborações de sucesso está a música “Quem é Deus”, interpretada pela banda Kasamata e composta em parceria com Célia Leite. Essa música foi mais uma prova do talento versátil de Carlos Berg, que transitava com facilidade entre diferentes gêneros musicais, sempre com a mesma qualidade e sensibilidade. Seu reconhecimento não se limitou ao Maranhão; ele também foi premiado em outros estados do Nordeste, conquistando o primeiro lugar no Festival de Poesia Catulo da Paixão Cearense, em Fortaleza, e figurando entre os finalistas de outros festivais importantes da região.
Ao longo de sua carreira, Carlos Berg teve a oportunidade de dividir o palco com grandes nomes da música brasileira e internacional. Ele fez a abertura de shows de artistas renomados como Ana Carolina, Geraldo Azevedo, Biquini Cavadão, Planta e Raiz, Djavan, Seu Jorge e Kid Abelha. Essas apresentações para grandes públicos solidificaram ainda mais sua trajetória artística, proporcionando momentos memoráveis tanto para ele quanto para seus fãs.
Além de sua contribuição artística, Carlos Lindemberg Silva de Miranda, nome de batismo do artista, deixa uma família enlutada. Sua esposa, Luana Soraya Miranda, e seus dois filhos, Bruna Miranda e Adryan Batalha, sentem profundamente a perda. O legado de Carlos Berg, no entanto, continuará vivo por meio de suas canções, que seguirão emocionando gerações de ouvintes e garantindo que seu nome esteja para sempre gravado na história da música maranhense. Sua partida deixa uma lacuna irreparável, mas seu talento será eternamente lembrado.