Especialistas revelam a verdadeira causa da doença de Bolsonaro, é porque ele não tem previsão d… Ver mais

O ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, há 13 dias. A internação, que se estende desde a realização de uma cirurgia abdominal de alta complexidade, vem sendo marcada por uma recuperação mais lenta do que o esperado — um fator que mantém a equipe médica em constante vigilância.
A situação de saúde de Bolsonaro, embora considerada clinicamente estável segundo os boletins mais recentes, é delicada. O ex-presidente continua com uma sonda gástrica e em jejum oral. O intestino ainda não retomou seu funcionamento normal, o que acendeu o alerta para uma condição conhecida como íleo paralítico — uma disfunção que impede o trânsito adequado dos conteúdos intestinais.
O Que é o Íleo Paralítico e Por Que Ele Preocupa
Após cirurgias que envolvem o trato gastrointestinal, é comum que o intestino entre em um estado temporário de lentidão. Normalmente, em até sete dias, esse quadro tende a se reverter. Porém, no caso de Bolsonaro, já se passaram quase duas semanas e o órgão não retomou sua função de forma adequada.
Essa disfunção, chamada de íleo paralítico ou hipomotilidade intestinal, compromete a capacidade do intestino de realizar movimentos peristálticos — as contrações que impulsionam o alimento e os resíduos ao longo do sistema digestivo. Como consequência, houve necessidade de inserção de uma sonda para drenagem de líquidos e resíduos fecais, evitando riscos maiores de complicações.
Tomografia Confirma Quadro Delicado
Segundo fontes do hospital, uma tomografia recente apontou lentidão no trânsito intestinal e a presença de edema — um inchaço causado pelo acúmulo de líquidos. Além disso, foram observados sinais de inflamações e aderências internas, que dificultam ainda mais a recuperação pós-operatória.
Apesar disso, o boletim médico divulgado nesta sexta-feira (25) descarta a necessidade de novos procedimentos cirúrgicos no momento. As imagens indicam uma evolução considerada normal, ainda que lenta, do processo pós-operatório. A pressão arterial, que havia oscilado nos primeiros dias, também se mantém sob controle.
Equipe Médica Adota Medidas de Contenção
O ex-presidente permanece sob monitoramento contínuo. Entre os cuidados adotados, estão sessões diárias de fisioterapia motora, suspensão temporária da alimentação intravenosa (nutrição parenteral), além da manutenção do jejum oral. Também foram implementadas estratégias para prevenir trombose venosa, comum em pacientes com mobilidade reduzida.
Outro ponto de atenção são os exames laboratoriais do fígado, que apresentaram alterações. A equipe médica agiu prontamente para conter qualquer disfunção hepática que possa agravar o quadro geral do paciente.
Sem Previsão de Alta e Visitas Restringidas
A família e os apoiadores do ex-presidente seguem ansiosos por atualizações, mas o hospital reforça a recomendação de não receber visitas. Até o momento, não há previsão de alta da UTI. A recuperação do trânsito intestinal será determinante para o próximo passo no tratamento e eventual transferência para uma unidade de menor complexidade.
Histórico de Cirurgias no Abdômen Reacende Debates
Desde que foi vítima de uma facada durante a campanha presidencial de 2018, Jair Bolsonaro já passou por diversas intervenções cirúrgicas no abdômen. Esse histórico complexo contribui para a formação de aderências intestinais e inflamações internas, fatores que dificultam novas recuperações cirúrgicas.
Especialistas apontam que, em casos como o dele, o risco de disfunções intestinais pós-operatórias é consideravelmente maior. Isso porque o intestino, ao ser manipulado repetidamente em cirurgias anteriores, torna-se mais suscetível a inflamações, edemas e processos de paralisia temporária.
O Que Esperar nos Próximos Dias
Enquanto o quadro segue estável, porém inalterado em termos de função intestinal, os próximos dias serão decisivos. Os médicos esperam por uma melhora espontânea da motilidade intestinal, o que permitiria a retirada da sonda e o início de uma dieta branda, condição essencial para a alta da UTI.
A evolução de Bolsonaro será acompanhada por novos exames de imagem e testes laboratoriais frequentes. Qualquer sinal de piora — como distensão abdominal grave, alterações hemodinâmicas ou falência orgânica — poderá demandar uma mudança na abordagem terapêutica.
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