Quem é o pastor preso na casa da mãe após tirar a vida da vizinha de 13 anos

O que era uma pacata rotina em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi brutalmente interrompido por um crime que mergulhou a cidade em choque, dor e revolta. Stefany Vitória Teixeira Ferreira, de apenas 13 anos, desapareceu misteriosamente, e dias depois, a verdade veio à tona de forma devastadora: ela havia sido assassinada pelo pastor João das Graças Pachola, de 54 anos — um homem conhecido e respeitado por muitos na comunidade.
O Desaparecimento: O início de uma tragédia
Tudo começou na terça-feira, 11 de fevereiro. Stefany saiu de casa com a justificativa de que iria visitar uma amiga. No entanto, nunca chegou ao destino. Quando anoiteceu e a menina não retornou, a mãe imediatamente acionou a polícia e iniciou uma busca incansável, espalhando cartazes pelas ruas da cidade, alimentando a esperança de que sua filha fosse encontrada com vida.
Enquanto isso, a população local começava a se mobilizar, compartilhando informações e relatos nas redes sociais. Alguns moradores afirmaram ter visto a garota entrar em um carro, e uma testemunha chegou a relatar uma cena de agressão em um veículo que batia com a descrição do automóvel visto na região.
A Descoberta de Uma Pista Crucial
Foi então que uma peça aparentemente pequena se tornou uma pista decisiva: um chinelo foi encontrado na rua onde Stefany teria sido vista pela última vez. O calçado foi prontamente reconhecido pela família como pertencente à adolescente. A partir daí, os investigadores cruzaram depoimentos com imagens de câmeras de segurança e identificaram a placa do carro envolvido — pertencente a ninguém menos que o pastor João das Graças Pachola.
Um Pastor Respeitado, Uma Verdade Sombria
João era líder da Igreja Pentecostal Fruto do Espírito Santo, que funcionava no térreo de sua casa, em Ribeirão das Neves. Figura presente em eventos comunitários, ele mantinha uma imagem de integridade, o que tornou a revelação do crime ainda mais devastadora.
Quando a polícia chegou à casa da mãe do pastor, em Contagem, encontrou João escondido. Sem oferecer resistência, ele foi preso. Em depoimento, confessou o assassinato de Stefany e indicou o local onde abandonou o corpo: uma área de mata entre Esmeraldas e Ribeirão das Neves.
A Confirmação Trágica
Horas depois, os policiais localizaram o corpo da adolescente. A confirmação do crime encerrou dias de sofrimento para a família e escancarou a violência que tirou a vida de uma menina cheia de sonhos. No carro de João, peritos encontraram manchas de sangue, o que reforçou as provas contra ele.
Reação da População: Justiça nas Próprias Mãos
A comoção rapidamente se transformou em revolta. Quando a notícia da prisão e confissão de João se espalhou, moradores do bairro se reuniram e incendiaram o carro do pastor. As chamas também atingiram parte da residência onde ele morava, evidenciando o tamanho da indignação popular.
A polícia agora investiga se o crime foi premeditado ou resultado de um impulso. Também busca entender se houve outros envolvidos ou se João já teve comportamentos suspeitos anteriormente.
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Uma ferida aberta na cidade
Ribeirão das Neves não será mais a mesma. A tragédia que tirou a vida de Stefany Vitória expôs vulnerabilidades, abalou estruturas familiares e religiosas e deixou uma ferida emocional na população. Para a família da jovem, resta o luto — e o difícil caminho em busca de justiça.
Já para a sociedade, fica a reflexão: quantas pessoas escondem segredos por trás de rostos respeitáveis? E o mais importante — quantas Stefanys ainda correm risco em silêncio?
