Após 17 dias internado chega grande notícia sobre Bolsonaro, ele t… Ver mais

Brasília (28/04) — O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu um importante passo em sua recuperação nesta segunda-feira (28). Após 17 dias de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, ele começou a receber alimentação por via oral, conforme boletim médico divulgado nesta manhã. Apesar da evolução, Bolsonaro ainda não tem previsão de alta e continua sob cuidados intensivos.
Primeiros passos na alimentação
Segundo a equipe médica, a introdução da alimentação oral será feita de forma cautelosa. Inicialmente, o ex-presidente poderá consumir apenas água, chá e gelatina. Paralelamente, ele continuará recebendo suporte calórico e nutricional por meio de alimentação endovenosa.
“Hoje, iniciaremos a oferta oral de água, chá e gelatina. Mantém-se o suporte calórico e nutricional por via parenteral (endovenosa)”, informa o boletim.
Esse avanço representa um sinal positivo na recuperação, especialmente considerando o histórico recente de procedimentos cirúrgicos delicados enfrentados pelo ex-presidente.
Quadro clínico ainda exige cuidados
Apesar da melhora clínica, a situação de Bolsonaro inspira cautela. O boletim destaca que ele permanece sem dor, sem febre, com pressão arterial controlada e com melhora nos exames laboratoriais, especialmente os que monitoram a função hepática.
Outro ponto mencionado é a presença de gastroparesia, uma condição que retarda o esvaziamento do estômago. Mesmo assim, os médicos afirmam haver sinais positivos, como o retorno de movimentos intestinais espontâneos.
Além disso, Bolsonaro continua submetido a sessões de fisioterapia motora para acelerar sua reabilitação e a medidas de prevenção contra trombose venosa — comum em pacientes com mobilidade reduzida por longos períodos.
Restrições continuam: visitas proibidas
O ex-presidente permanece isolado na UTI, com visitas restritas. A equipe médica reforçou a importância dessa medida para garantir a segurança do paciente e evitar riscos de infecção.
“Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI”, afirma o comunicado oficial.
Essa restrição, segundo os especialistas, é fundamental para manter o ambiente controlado e proteger Bolsonaro enquanto seu sistema imunológico se fortalece.
Entenda o histórico da internação
Jair Bolsonaro está internado desde 12 de abril, após passar mal durante uma agenda política em Natal, no Rio Grande do Norte. Diante do agravamento do quadro, ele precisou ser transferido para Brasília, onde foi submetido a uma cirurgia de desobstrução intestinal.
O procedimento foi descrito pela equipe médica como “extremamente complexo e delicado”. Desde então, o ex-presidente vinha sendo alimentado exclusivamente por via endovenosa, enquanto seu organismo se recuperava.
No domingo (27), os médicos já haviam sinalizado progresso, destacando a melhora nos exames laboratoriais e a estabilidade clínica.
Reabilitação será gradual
A expectativa é que a recuperação de Bolsonaro aconteça de forma lenta e gradual. Especialistas alertam que, após um procedimento cirúrgico de alta complexidade e um longo período de internação em UTI, o corpo requer tempo para readquirir funções normais, como a digestão completa de alimentos sólidos e a retomada da força muscular.
Cada etapa — da alimentação líquida até a introdução de alimentos sólidos — será cuidadosamente monitorada pela equipe médica.
O que esperar nos próximos dias
O foco, agora, está na tolerância do organismo à alimentação oral e no fortalecimento do sistema digestivo. Caso o corpo responda positivamente, novas fases da dieta poderão ser introduzidas, sempre respeitando a evolução clínica.
Não há, até o momento, previsão para alta da UTI, muito menos para a transferência para um quarto comum ou para a liberação hospitalar.
A saúde de Bolsonaro continua sendo monitorada de perto, e novos boletins médicos devem ser divulgados ao longo da semana.
Resumo dos pontos principais:
- Alimentação oral iniciada com água, chá e gelatina.
- Continuidade da nutrição por via endovenosa.
- Sem previsão de alta da UTI.
- Restrições severas a visitas.
- Recuperação pós-cirúrgica considerada estável, mas lenta.
