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Após 17 dias internado: Enfim chega grande notícia sobre Bolsonaro, ele esta… Ver mais

Após mais de duas semanas internado na UTI, ex-presidente inicia alimentação oral e apresenta sinais de melhora, mas segue sem previsão de alta.

Brasília, 29 de abril – Depois de 17 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começa a demonstrar os primeiros sinais de recuperação. Segundo o boletim médico divulgado nesta terça-feira (29), Bolsonaro aceitou bem a introdução de líquidos e alimentos leves por via oral – um avanço importante em seu quadro de saúde, que ainda inspira cuidados.

Mesmo diante de uma condição médica delicada chamada gastroparesia – que retarda o esvaziamento do estômago –, Bolsonaro conseguiu ingerir água, chá e gelatina, mantendo, segundo os médicos, “sinais de movimentos intestinais espontâneos”. O informe destaca ainda que o ex-presidente está sem dor, sem febre, com pressão arterial controlada e em processo de reabilitação com sessões de fisioterapia motora.

A cirurgia de risco e a internação prolongada

O ex-presidente está internado desde o dia 12 de abril, após passar mal durante um compromisso político em Natal (RN). O episódio levou sua equipe médica a uma decisão urgente: realizar uma cirurgia de desobstrução intestinal, descrita como “extremamente complexa e delicada”.

Desde então, Bolsonaro tem permanecido sob monitoramento intensivo, com cuidados especializados para evitar complicações pós-operatórias, como infecções, tromboses ou falhas orgânicas. Mesmo com o início da alimentação oral, ele continua recebendo suporte calórico e nutricional por via endovenosa – procedimento comum em pacientes com quadro clínico frágil.

Quadro clínico estável, mas com restrições

O boletim médico da equipe do DF Star reafirma que o ex-mandatário mantém um quadro clínico estável, com evolução considerada positiva. Exames laboratoriais indicam melhora da função hepática, e não há sinais de febre ou dores abdominais intensas.

Contudo, a recuperação está longe de ser simples. O tratamento segue com visitas restritas, e os médicos não estimam uma data para a alta hospitalar. A permanência na UTI, segundo especialistas, é um indicativo de que qualquer alteração no estado de saúde ainda requer resposta imediata e suporte avançado.

O que é a gastroparesia?

A gastroparesia é uma condição que afeta o movimento dos músculos do estômago, dificultando o processo de digestão. Comum entre pessoas que passaram por múltiplas cirurgias ou com histórico de traumas abdominais – como é o caso de Bolsonaro desde o atentado sofrido em 2018 –, a doença pode tornar o simples ato de se alimentar um desafio médico.

Entre os sintomas estão náuseas, sensação de estômago cheio rapidamente, distensão abdominal e, em casos mais graves, obstruções intestinais. O tratamento exige dieta controlada, suporte nutricional e, em algumas situações, novos procedimentos cirúrgicos.

Recuperação lenta e foco na fisioterapia

Com o avanço no processo digestivo, a expectativa dos médicos agora se concentra na resposta de Bolsonaro à fisioterapia. As sessões têm como objetivo preservar a mobilidade e evitar complicações comuns em pacientes que passam muito tempo acamados, como a trombose venosa profunda.

A equipe também segue monitorando os sinais vitais, a função intestinal e o estado nutricional geral do ex-presidente, que, apesar de demonstrar melhora, continua em regime de internação intensiva.

Implicações políticas e mobilização de aliados

Embora o foco da equipe médica seja a plena recuperação, a prolongada internação de Bolsonaro já gera impacto no cenário político. Aliados próximos demonstram preocupação com a possibilidade de ele se afastar de compromissos partidários e estratégicos para o PL. Em grupos de apoio, mensagens pedindo orações e relatos de esperança se multiplicam, enquanto opositores observam o desenvolvimento do caso com cautela.

Leia a íntegra do boletim médico

“O Hospital DF Star informa que o ex-Presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento pós-operatório. Segue estável clinicamente, sem dor ou febre e com pressão arterial controlada, mantendo a melhora dos exames laboratoriais do fígado. Apesar da gastroparesia, aceitou bem a oferta de água, chá e gelatina. Mantém sinais de movimentos intestinais espontâneos. Continua recebendo suporte calórico e nutricional por via parenteral, realizando fisioterapia motora e recebendo as medidas de prevenção de trombose venosa. Permanece com visitas restritas e sem previsão de alta da UTI.”


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