Política

“ASS4SSINATO” Muito sério, olha só o que Bolsonaro disse sob… Ver mais

Durante um comício em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, o ex-presidente Jair Bolsonaro fez uma declaração polêmica, sugerindo que o presidente Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF) estariam atuando para facilitar seu assassinato. Bolsonaro mencionou o atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ocorrido no dia 13 de julho, e associou essa tentativa de assassinato a uma suposta diminuição no aparato de segurança que ele, como ex-presidente do Brasil, teria direito.

Bolsonaro afirmou que o presidente Lula retirou dele dois carros blindados e funcionários que faziam parte de sua segurança. Segundo Bolsonaro, as medidas tomadas por Lula e pelo STF têm como objetivo facilitar sua execução. Ele declarou: “Lula pessoalmente me tirou os dois carros blindados, a que tenho direito, além de funcionários. Os quatro que trabalhavam na minha segurança, por medidas cautelares, me tiraram os quatro. Eles querem facilitar. Eles não querem mais me prender, eles querem que eu seja executado.”

A Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) respondeu às declarações de Bolsonaro com uma nota oficial. A Secom esclareceu que todos os ex-presidentes têm direito às mesmas regras de segurança, conforme prevê a legislação brasileira. No entanto, a legislação não especifica que os veículos fornecidos sejam necessariamente blindados. A nota também ressaltou que Bolsonaro tem o direito de escolher os profissionais que compõem sua equipe de segurança.

Os seguranças mencionados por Bolsonaro, Sérgio Cordeiro, Max Guilherme, Marcelo Câmara e Osmar Crivelatti, são alvos de investigações conduzidas pelo STF. Essas investigações envolvem suposta fraude em cartões de vacinação, tentativa de golpe de estado e venda clandestina de joias. Os seguranças chegaram a ser presos, e embora três deles tenham sido soltos, eles estão proibidos de manter contato uns com os outros, incluindo o ex-presidente Bolsonaro, conforme determinação do STF.

A situação dos seguranças de Bolsonaro está diretamente ligada a investigações mais amplas que envolvem o próprio ex-presidente. As medidas cautelares impostas pelo STF refletem a gravidade das acusações e a necessidade de evitar qualquer tipo de interferência nas investigações em curso. A Secom enfatizou que Bolsonaro pode indicar qualquer nome para sua segurança, mas as restrições impostas aos seguranças específicos se baseiam em medidas judiciais.

As alegações de Bolsonaro sobre a diminuição de sua segurança são vistas por muitos como parte de sua estratégia política para se posicionar como vítima de uma perseguição. Essas declarações são feitas em um contexto de tensão política elevada, onde o ex-presidente busca mobilizar seus apoiadores e manter sua relevância no cenário político brasileiro. As respostas institucionais, como a nota da Secom, procuram desmentir e esclarecer os pontos levantados por Bolsonaro, apresentando os fatos de acordo com a legislação vigente.

Em resumo, as declarações de Jair Bolsonaro no comício em Caxias do Sul provocaram uma resposta imediata da Presidência da República, destacando que os direitos de segurança do ex-presidente estão sendo respeitados conforme a lei. As investigações sobre Bolsonaro e seus seguranças continuam, refletindo a complexidade e a seriedade das acusações. O desenrolar desses eventos será crucial para entender os próximos passos na política brasileira e as implicações para a segurança dos ex-presidentes.