Avião cai sobre caminhões e deixa vários mortos, entre as vitimas estava o Da… Ler mais
Uma tragédia aérea abalou a cidade de Fort Worth, no Texas (EUA), na tarde deste domingo (12). Um avião modelo Beech King Air C90 caiu por volta das 13h30, nas proximidades do aeródromo Hicks Airfield, em uma área comercial cercada por pequenas empresas e residências suburbanas. A queda provocou uma intensa explosão, incêndios e destruição, deixando duas pessoas mortas no local, conforme confirmaram autoridades locais. Imagens do momento do acidente circularam rapidamente nas redes sociais, chocando internautas pela violência do impacto.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros de Fort Worth, equipes de emergência de diversas agências responderam ao chamado imediatamente após o acidente. Ao chegarem ao local, os socorristas encontraram o avião em chamas em um estacionamento repleto de caminhões e trailers, muitos deles também incendiados pela explosão. Um prédio comercial nas proximidades foi atingido pelas chamas e sofreu danos significativos. O porta-voz do Corpo de Bombeiros, Craig Trojacek, confirmou que duas vítimas foram encontradas sem vida, mas ainda não havia informações sobre suas identidades até o fechamento desta matéria.
“Achamos que estávamos respondendo a dois incidentes separados”, relatou Trojacek. “Depois percebemos que tudo fazia parte do mesmo evento.” Segundo o porta-voz, o Beech King Air C90 parecia seguir rumo ao norte antes de perder altitude e cair repentinamente. Ainda não há detalhes sobre o ponto de decolagem, o destino planejado ou as causas da tragédia. A Administração Federal de Aviação (FAA) e a Junta Nacional de Segurança no Transporte (NTSB) já iniciaram uma investigação conjunta para determinar o que levou o bimotor a cair poucos minutos após sobrevoar o aeródromo.
Testemunhas relataram momentos de pânico e desespero. Uma densa coluna de fumaça preta pôde ser vista a quilômetros de distância. Moradores da região contaram que ouviram um forte estrondo seguido de explosões. “Tudo tremeu, parecia um terremoto. Quando saí para ver o que tinha acontecido, o céu estava tomado por fumaça e fogo”, disse Laura Simmons, que mora a poucas quadras do local. Algumas pessoas tentaram se aproximar para ajudar antes da chegada dos bombeiros, mas foram impedidas pelo calor intenso e pelas chamas que se alastravam rapidamente.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio levou cerca de 40 minutos para ser controlado. Equipes especializadas precisaram isolar a área por risco de novas explosões, já que havia combustível espalhado pelo solo e veículos incendiados. Um drone térmico foi usado para identificar pontos de calor ainda ativos, e o local permanece interditado para perícia. A destruição deixou uma cena caótica, com carcaças de caminhões e destroços da aeronave espalhados pelo estacionamento.
Representantes do Hicks Airfield informaram que o avião não era baseado no aeródromo, o que significa que não fazia parte das aeronaves regularmente estacionadas ou operadas no local. “Não temos informações sobre o voo nem sobre os tripulantes”, declarou Lois Kinman, porta-voz do aeródromo. A FAA deve divulgar nas próximas horas o registro oficial da aeronave e a identidade dos ocupantes, após notificação às famílias.
Enquanto as autoridades trabalham para esclarecer as circunstâncias do acidente, a tragédia reacende debates sobre segurança aérea em áreas urbanas. O Hicks Airfield, localizado em uma região mista de residências e comércios, já havia sido alvo de discussões anteriores sobre o risco de operações próximas a zonas densamente povoadas. Especialistas reforçam que o aumento do tráfego de aeronaves de pequeno porte em regiões suburbanas exige fiscalização rigorosa e protocolos de segurança reforçados.
A queda do Beech King Air C90 deixa não apenas um rastro de destruição, mas também uma série de perguntas ainda sem resposta. O que causou a perda de controle? Houve falha mecânica ou erro humano? Enquanto a investigação segue, moradores de Fort Worth tentam assimilar o impacto de uma tarde que começou tranquila e terminou em tragédia. E, mais uma vez, o mundo observa, com pesar, os riscos e fragilidades de uma aviação que, mesmo com avanços tecnológicos, ainda está sujeita ao imprevisível.
