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BOMBA: Olha só o que disse Eduardo Bolsonaro sobre Alexandre de Moraes, tá tent… Ver mais

A cena é inusitada, quase cinematográfica: uma oficial de Justiça entra na UTI de um dos hospitais mais vigiados do país. O paciente, ex-presidente da República, está deitado, debilitado, com a pressão arterial oscilando e exames hepáticos em alerta. Do lado de fora, o país assiste, dividido e em silêncio, o desenrolar de uma narrativa que mistura saúde, justiça e poder.

Nesta quinta-feira (24), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado e um dos filhos mais combativos do ex-presidente Jair Bolsonaro, fez uma declaração explosiva que sacudiu os bastidores da política nacional: “Alexandre de Moraes quer assassinar Bolsonaro”. A frase, publicada em tom irônico nas redes sociais, foi uma reação direta à intimação judicial entregue ao pai, enquanto este se encontrava internado em estado delicado em uma Unidade de Terapia Intensiva, no hospital DF Star, em Brasília.

O que está por trás da acusação?

O pano de fundo da polêmica é uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que optou por intimar Jair Bolsonaro ainda no hospital, após entender que o ex-presidente estava em condições de ser citado formalmente — especialmente após ele próprio aparecer em uma live recente. Essa ação judicial refere-se ao processo no qual Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado.

A notificação aconteceu na última quarta-feira (23), mas o boletim médico divulgado no dia seguinte indicou uma piora no quadro clínico do ex-presidente. Além do aumento da pressão arterial, os exames hepáticos também apresentaram alterações preocupantes. Isso fez com que Eduardo Bolsonaro conectasse, publicamente, a intimação à fragilidade física do pai.

“Tal qual Clezão”: a comparação que gerou revolta

Eduardo foi além ao citar o caso de Cleriston Pereira da Cunha — o “Clezão” — que morreu enquanto estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda, acusado de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A sugestão do filho do ex-presidente é clara: que há uma perseguição deliberada e letal contra figuras ligadas ao bolsonarismo.

Essa comparação inflamou ainda mais o debate nas redes sociais, onde apoiadores do ex-presidente denunciam um suposto “abuso de autoridade” por parte do Judiciário, enquanto críticos classificam a fala de Eduardo como “irresponsável e conspiratória”.

O vídeo que acendeu o estopim

Em meio à tensão, Jair Bolsonaro divulgou um vídeo em que aparece recebendo a intimação judicial dentro da UTI. No material, é possível ouvir membros da equipe médica alertando sobre alterações em seus sinais vitais. A gravação causou comoção entre seus apoiadores, que apontam a presença da oficial de Justiça no local como “desumana” e “coercitiva”.

Internação e sem previsão de alta

Jair Bolsonaro está internado desde o dia 13 de abril, após ser submetido a uma cirurgia delicada de laparotomia exploradora, feita para tratar uma obstrução intestinal e reparar a parede abdominal — sequelas da facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018. O hospital ainda não divulgou previsão de alta, e o quadro clínico segue sob vigilância intensiva.


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Conclusão: O episódio que envolve a intimação de Jair Bolsonaro em plena UTI transcende o campo jurídico e alcança as entranhas do debate político e moral do país. A frase de Eduardo pode ter sido irônica, mas carrega o peso de um clima de guerra entre Poderes, alimentado por narrativas polarizadas e uma sociedade cada vez mais dividida. Afinal, trata-se apenas de cumprir a lei ou há algo maior em jogo?