Crianças são internadas com VERMES parasit4s r@stejand0 em sua pele após t… Ver mais
Um surto de parasitas no Centro de Educação e Recreação (CER) Amélia Fávero Manini, localizado no Jardim Água Branca, em Araraquara (SP), levou à interdição do parquinho da instituição. Pelo menos oito crianças foram diagnosticadas com larva migrans cutânea, conhecida popularmente como bicho geográfico. A situação preocupa os pais e responsáveis, e a prefeitura está buscando uma solução para a presença de gatos no local, uma possível causa da contaminação.
A larva migrans é um parasita que costuma ser transmitido pelas fezes de animais, especialmente cães e gatos, e penetra na pele, causando coceira intensa, vermelhidão, irritação e, em alguns casos, febre e dor no corpo. Segundo a pedagoga Priscila Cortes, o filho dela foi uma das crianças afetadas. “No começo, achamos que fossem picadas de insetos, mas a coceira persistiu e, após a consulta médica, foi diagnosticado como bicho geográfico”, relatou Priscila, que também expressou preocupação com as condições do parquinho da creche.
A empresária Patrícia Borsari, outra mãe afetada, contou que o filho também foi diagnosticado com o parasita. “Percebi algumas bolinhas no bumbum dele e, ao levá-lo ao médico, o diagnóstico foi de bicho geográfico”, afirmou Patrícia. A preocupação das mães está ligada, principalmente, à presença constante de gatos na creche, o que, segundo elas, tem sido uma questão levantada há tempos sem uma solução efetiva.
O bicho geográfico é um parasita que infecta humanos quando entram em contato com areia ou terra contaminada por fezes de animais infectados, principalmente gatos e cachorros. A contaminação geralmente ocorre em partes do corpo que entram em contato direto com o solo, como pés e pernas. No caso das crianças da creche, o contato com a areia do parquinho contaminada parece ser o principal foco do problema.
As mães afetadas relataram que a direção da creche já solicitou à prefeitura a retirada dos gatos e a troca da areia diversas vezes, mas, até o momento, sem sucesso. “A situação não se resolverá apenas com a troca da areia. É preciso primeiro controlar a presença dos gatos, pois se eles continuarem no local, a contaminação pode ocorrer novamente”, explicou Patrícia, destacando a necessidade de ações mais concretas por parte das autoridades competentes.
A direção do CER tomou medidas imediatas, interditando as áreas com areia, e a Prefeitura de Araraquara informou que está ciente do problema e está trabalhando em conjunto com o Centro de Controle de Zoonoses para remover os gatos do local. Além disso, a administração municipal afirmou que o uso dos tanques de areia está suspenso até que a troca seja feita, a fim de garantir a segurança das crianças.
O surto de bicho geográfico acendeu um alerta não só para os pais das crianças afetadas, mas também para toda a comunidade local. O controle de animais de rua e a manutenção das áreas públicas, especialmente aquelas frequentadas por crianças, são essenciais para evitar que esse tipo de problema se repita. A expectativa agora é que a prefeitura tome providências urgentes para garantir um ambiente seguro para as crianças e resolver definitivamente a questão dos gatos que frequentam a creche.