Foi assim que Bolsonaro reagiu após SOC0 dado por assessor de Pablo Marçal, ele d… Ver mais
Após um incidente envolvendo um assessor de Pablo Marçal (PRTB) e o marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB), Duda Lima, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu não se pronunciar publicamente sobre o ocorrido. O assessor de Marçal, que também é seu sócio, agrediu Duda Lima, gerando grande repercussão nas redes sociais e na imprensa. No entanto, Bolsonaro optou por adotar uma postura de silêncio e neutralidade, semelhante à sua abordagem em outros casos de polêmica, segundo informações da colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
Nos bastidores, Bolsonaro teria comentado sobre o perfil agressivo de Pablo Marçal em relação aos seus opositores, reconhecendo que o influenciador tem uma estratégia combativa que pode gerar atritos. No entanto, o ex-presidente tem mostrado cautela em se envolver diretamente em qualquer conflito público com Marçal. Embora o episódio tenha gerado considerável repercussão, Bolsonaro parece disposto a evitar qualquer confronto direto, o que é visto por analistas como uma tentativa de preservar sua imagem durante o período eleitoral.
Aliados próximos a Bolsonaro indicam que o ex-presidente está preocupado com a forma como a situação poderia impactar sua popularidade nas redes sociais, uma de suas principais bases de apoio. Em tempos de intensa polarização política, a imagem de Bolsonaro pode ser afetada negativamente por qualquer envolvimento em episódios de violência, ainda que indiretos. Essa percepção o leva a adotar uma postura mais prudente, evitando comentários públicos até que a situação se resolva de forma mais clara.
A atitude de Bolsonaro neste caso é bastante similar à postura que ele adotou durante o episódio da “cadeirada” protagonizada pelo apresentador José Luiz Datena contra Pablo Marçal. Na ocasião, Datena, que também está envolvido na disputa política em São Paulo, atacou fisicamente Marçal, gerando outra grande polêmica. Bolsonaro manteve o silêncio por vários dias e só se pronunciou após Marçal comparar a agressão que sofreu com o atentado a faca que Bolsonaro viveu em 2018. Naquele momento, o ex-presidente se sentiu pressionado a responder, mas foi cuidadoso em sua abordagem.
Esse comportamento estratégico de Bolsonaro de manter-se distante de conflitos violentos envolvendo figuras públicas durante a campanha política pode ser interpretado como uma forma de proteger sua imagem, especialmente em um cenário de crescente vigilância midiática e polarização política. Ao não se posicionar imediatamente, ele evita atrair para si os desdobramentos negativos que podem surgir de tais episódios, buscando preservar seu capital político para ser utilizado em momentos mais oportunos.
Além disso, Bolsonaro parece estar focado em sua própria agenda política, evitando se desviar com incidentes que não envolvem diretamente sua atuação. Ao se manter em silêncio em relação às brigas alheias, o ex-presidente tenta projetar uma imagem de serenidade e controle, características importantes para seu público-alvo, que valoriza a estabilidade em tempos de incerteza política. Esse silêncio, portanto, pode ser visto como uma estratégia calculada para evitar desgastes desnecessários, ao mesmo tempo que preserva sua relevância política no cenário nacional.
Por fim, a reação de Bolsonaro, ou a falta dela, demonstra um cálculo político que vai além de simples declarações públicas. Em um ambiente de campanha acirrada como o de São Paulo, cada movimento é observado de perto, e o ex-presidente parece determinado a não se envolver em controvérsias que possam prejudicar sua influência sobre o eleitorado. Dessa forma, ele mantém seu foco em temas que considera mais relevantes para sua base, sem entrar em conflitos que possam desviar a atenção de seus objetivos políticos a longo prazo.