Política

Joice Hasselmann surpreende e diz que Michelle foi aman… Ler mais

A ex-deputada federal Joice Hasselmann voltou ao centro das atenções nacionais ao conceder uma entrevista que rapidamente virou manchete. Durante a conversa, Joice fez uma declaração bombástica: segundo ela, Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, teria sido amante do ex-presidente Jair Bolsonaro. A fala, atribuída a “fontes seguras”, como alegou a própria Joice, incendiou o ambiente político e tomou conta das redes sociais, gerando um turbilhão de reações, críticas e debates. Em meio a um cenário já marcado por polarização, a acusação adiciona um novo capítulo à conturbada relação entre Joice e o bolsonarismo.

Não é a primeira vez que Joice Hasselmann lança ataques diretos contra o ex-presidente e seus aliados. Antiga aliada de Bolsonaro, ela rompeu com o governo ainda em 2019, após divergências políticas e acusações mútuas. Desde então, se tornou uma das vozes mais ácidas contra o ex-capitão do Exército, adotando um tom crítico que lhe rendeu tanto apoiadores quanto detratores. Ao citar Michelle, figura respeitada dentro da base bolsonarista e popular entre setores conservadores, Joice mexe em um terreno delicado: a imagem familiar e moral que sempre foi explorada como uma das principais bandeiras do ex-presidente.

A repercussão foi imediata. Em poucas horas, a declaração viralizou nas redes sociais, com hashtags favoráveis e contrárias dominando o debate online. Parte dos internautas exigiu provas concretas que sustentassem a fala da ex-deputada, enquanto apoiadores de Bolsonaro acusaram Joice de difamação e de tentar criar um escândalo político sem fundamento. Jornalistas e analistas, por sua vez, destacaram o timing da acusação: ela surge em um momento em que o ex-presidente enfrenta diferentes investigações e vê sua imagem pública desgastada por denúncias ligadas à gestão e a possíveis conspirações golpistas.

A defesa de Michelle Bolsonaro ainda não se manifestou oficialmente sobre a acusação, mas aliados próximos classificaram a declaração como “absurda” e “mais uma tentativa de manchar a reputação da família”. O silêncio da ex-primeira-dama, no entanto, alimenta ainda mais a curiosidade e as especulações. De perfil discreto, Michelle sempre foi considerada uma peça-chave no discurso de Bolsonaro, especialmente junto ao eleitorado evangélico. A ideia de uma traição conjugal, mesmo sem provas, atinge diretamente essa narrativa, tornando a acusação ainda mais explosiva.

Especialistas em comunicação política avaliam que o episódio pode ter efeitos distintos. Para a base mais fiel de Bolsonaro, a acusação provavelmente será descartada como uma “fake news” criada por adversários. No entanto, para setores mais moderados do eleitorado, o desgaste da imagem pode ganhar força, principalmente diante do histórico de confrontos entre Joice e o bolsonarismo. Ao mesmo tempo, a ex-deputada volta aos holofotes em um momento em que buscava recuperar espaço político após a derrota eleitoral em 2022. Ou seja, o episódio também reacende o debate sobre até que ponto acusações pessoais podem ser usadas como estratégia de reposicionamento público.

O fato é que a relação entre Joice Hasselmann e Jair Bolsonaro se transformou em um campo de batalha político desde a ruptura. Enquanto ela tenta se consolidar como voz independente, o bolsonarismo a vê como uma “traidora” que conhece os bastidores do grupo. Isso dá ainda mais peso a suas declarações, mesmo que careçam de comprovação imediata. Em um país acostumado a escândalos políticos e pessoais, acusações dessa natureza encontram terreno fértil para ganhar repercussão, seja pela curiosidade do público, seja pela exploração midiática.

Independentemente da veracidade da acusação, o episódio ilustra como a política brasileira continua sendo marcada por narrativas pessoais, rivalidades intensas e disputas que ultrapassam a esfera institucional. Ao colocar Michelle Bolsonaro no centro de uma polêmica de cunho íntimo, Joice Hasselmann amplia o alcance de suas críticas e eleva a temperatura do debate público. Resta saber se o caso se consolidará como mais um escândalo de grande impacto ou se será rapidamente absorvido pelo noticiário, como tantas outras crises que já passaram pela cena política nacional. O certo é que, por ora, a acusação já cumpriu um papel: recolocar Joice sob os holofotes e forçar uma nova rodada de discussões sobre o futuro político do bolsonarismo.