PEGOU TODOS DE SURPRESA: Em pleno domingo chega triste notícia sobre a Preta Gil, ela t… Ver mais
No mês passado, a cantora Preta Gil surpreendeu seu público ao anunciar que o câncer voltou. Dessa vez, a artista revelou estar enfrentando novamente um câncer colorretal, notícia que gerou grande comoção entre seus fãs e admiradores. A luta de Preta Gil é uma realidade compartilhada por muitas pessoas na Bahia, onde o número de casos de câncer colorretal vem crescendo nos últimos anos, afetando tanto homens quanto mulheres. O tratamento da doença envolve uma série de desafios, tanto físicos quanto emocionais, o que torna a conscientização sobre o tema essencial.
Dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) revelam números preocupantes sobre o câncer de reto na região. Até junho deste ano, 598 pessoas foram internadas na rede pública de saúde devido a essa doença. O número de internações vem aumentando de forma consistente desde 2020, quando foram registradas 1.068 hospitalizações relacionadas ao câncer colorretal. Esse crescimento reflete a importância de medidas preventivas e de um diagnóstico precoce para melhorar as chances de tratamento e cura.
No ano de 2023, a situação foi ainda mais alarmante, com 1.441 pacientes hospitalizados em decorrência de neoplasias malignas que atingem o reto, a junção retossigmoide, o ânus e o canal anal. Desses, 668 eram homens e 773 mulheres, evidenciando que a doença afeta ambos os gêneros de maneira expressiva. A crescente incidência de casos demonstra a urgência de uma maior conscientização sobre a prevenção e o tratamento do câncer colorretal, tanto na Bahia quanto no Brasil como um todo.
A Sesab também divulgou informações alarmantes sobre o número de mortes causadas pela doença nos últimos anos. Em 2020, foram 396 óbitos registrados, número que aumentou nos anos seguintes: 424 mortes em 2021, 461 em 2022 e 477 em 2023. Ao todo, nos últimos quatro anos, foram contabilizados 1.758 falecimentos na Bahia relacionados ao câncer colorretal. Apenas nos seis primeiros meses de 2024, já foram confirmadas 307 mortes causadas pela doença, o que reforça a necessidade de ações de saúde pública voltadas para o diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Recentemente, Preta Gil revelou ter passado por uma cirurgia de amputação retal como parte de seu tratamento contra o câncer. Esse tipo de cirurgia envolve a remoção parcial ou total do reto, especialmente em casos onde o tumor está localizado muito próximo ao ânus, como explicou a oncologista Lívia Andrade em entrevista ao Portal A TARDE. A especialista destacou que, em situações como essa, pode ser difícil preservar o reto, o que torna a amputação uma medida necessária para controlar a progressão da doença.
Após uma cirurgia de amputação retal, o paciente pode precisar utilizar uma bolsa de colostomia, que coleta as fezes através de um desvio do intestino. A adaptação a essa nova realidade pode ser desafiadora, como destacou a médica. Além do impacto físico, a mudança no estilo de vida e o enfrentamento de novos desafios, como a aceitação da colostomia, requerem um acompanhamento médico contínuo e suporte emocional. Acolhimento de familiares e uma equipe multiprofissional são fundamentais para ajudar o paciente a lidar com essa nova etapa de vida.
Lívia Andrade também ressaltou que os principais estigmas enfrentados pelos pacientes que utilizam colostomia incluem dificuldades em manter uma vida social ativa, preocupações com odores e questões ligadas à vida sexual. Esses fatores podem afetar a autoestima e a qualidade de vida do paciente, tornando o apoio de amigos, familiares e profissionais de saúde ainda mais crucial. A luta contra o câncer não é apenas uma batalha física, mas também emocional, e o suporte adequado é fundamental para garantir que os pacientes possam superar os desafios impostos pela doença e seu tratamento.