Política

Urgente: Médicos são chamados as pressas após Bolsonaro ter piora em… Ler mais

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou um pedido urgente ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando autorização para uma visita médica, em razão do agravamento de uma crise de soluços que, segundo os advogados, vem comprometendo o estado de saúde do ex-chefe do Executivo. A solicitação foi encaminhada ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes na última sexta-feira (10), mas só foi registrada oficialmente no sistema do STF nesta segunda-feira (13). Até o momento, o pedido ainda aguarda deliberação.

De acordo com o documento protocolado, a equipe de defesa pede que uma profissional de saúde indicada possa ter acesso ao ex-presidente para realizar uma avaliação presencial e recomendar o tratamento adequado. “O ingresso da profissional se faz necessário em razão do agravamento de episódios persistentes de soluço, motivo pelo qual pugna-se pela célere apreciação do presente pleito”, afirmam os advogados na petição. O texto ainda reforça o caráter emergencial do pedido, alegando que o quadro clínico de Bolsonaro exige acompanhamento especializado imediato.

Fontes próximas ao ex-presidente relataram que ele vem apresentando sintomas preocupantes, como pressão arterial baixa e episódios de vômito recorrentes. Além disso, Bolsonaro foi recentemente diagnosticado com anemia por deficiência de ferro e ainda se recupera de uma pneumonia leve, que teria deixado sequelas respiratórias. O conjunto de sintomas, somado à persistência do soluço, reacendeu preocupações sobre a saúde do ex-presidente, que já enfrentou problemas semelhantes em outras ocasiões desde 2021.

Em 2021, Bolsonaro chegou a ser internado em São Paulo por quase uma semana devido a um quadro de obstrução intestinal e crises intensas de soluços. Na época, médicos associaram o problema a complicações decorrentes da facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018. Desde então, o ex-presidente vem relatando episódios recorrentes de desconforto gastrointestinal, além de oscilações de pressão e fadiga. Esses fatores, somados ao estresse político e judicial que enfrenta atualmente, têm contribuído para a piora do quadro, segundo pessoas próximas.

O ministro Alexandre de Moraes, relator de diversos inquéritos que investigam Bolsonaro no STF, ainda não se manifestou sobre o pedido. O caso, no entanto, tem gerado repercussão entre aliados e opositores. Parlamentares do PL e apoiadores do ex-presidente utilizaram as redes sociais para manifestar solidariedade, pedindo “respeito e humanidade” no tratamento do tema. Já críticos afirmam que a defesa estaria tentando usar o argumento da saúde como forma de sensibilizar a Justiça em meio aos processos em andamento.

O estado de saúde de Jair Bolsonaro tem sido alvo de atenção constante desde o fim de seu mandato. Nos últimos meses, o ex-presidente tem mantido uma agenda mais reservada, participando de poucos eventos públicos e evitando longas viagens. Pessoas próximas afirmam que ele tem seguido orientações médicas e reduzido o ritmo das atividades políticas. Apesar disso, segue ativo nas redes sociais e nos bastidores do PL, participando de decisões estratégicas do partido.

Enquanto o STF avalia o pedido, a expectativa é de que o ministro Alexandre de Moraes se pronuncie ainda nesta semana, diante da urgência médica alegada pela defesa. Caso o pedido seja autorizado, Bolsonaro deverá receber atendimento especializado no local em que se encontra, sem necessidade de deslocamento hospitalar imediato. O episódio reacende o debate sobre o estado de saúde do ex-presidente e sua capacidade de se manter ativo politicamente em meio às crescentes pressões judiciais. A decisão do STF, portanto, não é apenas um ato administrativo, mas poderá ter reflexos políticos e simbólicos importantes no cenário nacional.