Diante do caixão do Papa, Janja mulher de Lula tem estranha atitude quand… Ver mais

O adeus a um líder global reuniu presidentes, monarcas e multidões na Praça de São Pedro, em uma cerimônia repleta de simbolismos e protocolos rígidos.
O Vaticano viveu, neste sábado (26), um de seus momentos mais solenes da história recente: o funeral do Papa Francisco. A cerimônia, realizada na Praça de São Pedro, seguiu à risca os antigos protocolos da Santa Sé, misturando tradição, reverência e a presença de lideranças mundiais de peso.
O evento atraiu não apenas fiéis emocionados, mas também cerca de 50 chefes de Estado, entre eles o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Argentina, Javier Milei. Mais de dez monarcas também participaram da cerimônia que, além de religiosa, assumiu uma forte dimensão diplomática.
Rigor no Protocolo: Vestimentas e Hierarquias
Um dos aspectos mais rigorosamente seguidos foi o protocolo de vestimenta exigido pela Santa Sé. Para os homens, o traje obrigatório incluía terno escuro, gravata preta e um discreto botão preto na lapela esquerda. Já para as mulheres, a regra ditava vestidos pretos — de preferência longos —, luvas da mesma cor e um véu cobrindo a cabeça. Como acessório, apenas um colar de pérolas era permitido.
No entanto, nem todas seguiram as tradições à risca. A primeira-dama brasileira, Janja da Silva, assim como Brigitte Macron, da França, optou por não usar o véu. A escolha, compartilhada por outras mulheres presentes, chamou atenção da imprensa internacional, mas não gerou qualquer incidente oficial. Essa flexibilização reflete, de certa forma, a modernização silenciosa que Francisco tanto pregou em vida.
Disposição das Autoridades: Ordem que Reflete a História
A organização das lideranças na cerimônia também foi cuidadosamente planejada. Como manda a tradição, a primeira fila foi reservada para a delegação italiana, seguida pela comitiva argentina — uma deferência especial ao país natal do Papa. Na sequência, os soberanos católicos ocuparam seus lugares, seguidos pelos soberanos não católicos.
Os chefes de Estado foram posicionados com base na ordem alfabética dos países em francês, a língua oficial da diplomacia internacional. Todos os líderes civis se acomodaram à direita do caixão, de frente para a Basílica de São Pedro, enquanto os cardeais se alinharam à entrada da basílica, reforçando o simbolismo da hierarquia e da fé.
Cortejo e Sepultamento: O Último Desejo de Francisco
Após a emocionante missa de despedida, o caixão de Francisco seguiu em cortejo solene pelas ruas de Roma, até a Basílica de Santa Maria Maior, localizada a cerca de 5,5 quilômetros do Vaticano. O local escolhido para seu sepultamento foi uma decisão pessoal do Papa, que frequentemente visitava a basílica para orações silenciosas e momentos de reflexão.
Francisco se tornou o primeiro pontífice, desde Leão XIII em 1903, a ser enterrado fora do território do Vaticano. O gesto simbólico de buscar repouso em um local de devoção pessoal resume a essência do seu papado: humildade, aproximação com o povo e respeito pelas tradições, sem deixar de lado a inovação.
Um Funeral que Entrará para a História
A morte de Francisco marca não apenas o fim de um ciclo na Igreja Católica, mas também o encerramento de um capítulo de abertura, diálogo e compromisso social. Seu pontificado será lembrado por esforços incansáveis em prol dos marginalizados, da preservação do meio ambiente e da modernização das estruturas da Igreja.
A cerimônia deste sábado, assistida por milhões em todo o mundo, foi mais do que uma despedida. Foi uma celebração de um legado que transcende fronteiras religiosas e políticas. Líderes globais, independentemente de suas crenças ou ideologias, estiveram unidos em Roma para prestar homenagem a um homem que, acima de tudo, pregava a paz, a solidariedade e a esperança.
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