A reação de Lula ao saber da morte de Cid Moreira deixa o Brasil entristecido, ele disse q… Ver mais
O jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira, que estava internado em um hospital na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, faleceu aos 97 anos nesta quarta-feira, 3 de outubro. Cid, uma das figuras mais marcantes da televisão brasileira, estava em tratamento contra uma pneumonia nas últimas semanas, mas não resistiu às complicações da doença. Seu falecimento marca o fim de uma era no jornalismo nacional, deixando uma lacuna significativa na história da comunicação no país.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou seu pesar pela morte de Cid Moreira, destacando sua importância para o jornalismo e a televisão no Brasil. Em sua mensagem, Lula lamentou a perda de uma das personalidades mais emblemáticas da mídia nacional. “Com tristeza, o Brasil se despede hoje de uma das personalidades mais emblemáticas da história do nosso jornalismo e televisão, com o falecimento de Cid Moreira aos 97 anos”, afirmou o presidente. Ele relembrou a trajetória de Cid, que marcou gerações como apresentador e locutor, destacando a longa carreira e a influência que teve na vida de milhões de brasileiros.
Cid Moreira ficou eternamente associado ao “Jornal Nacional”, programa do qual foi o principal apresentador por 26 anos. Ele esteve na bancada da primeira edição do telejornal em 1969 e, segundo dados do Memória Globo, apresentou o noticiário cerca de 8 mil vezes ao longo de sua carreira. Durante esse período, ele se tornou a voz do “boa noite” que acompanhava os brasileiros diariamente, sendo responsável por anunciar alguns dos eventos mais importantes da história do país e do mundo. Sua presença era sinônimo de credibilidade, e sua voz inconfundível tornou-se uma marca registrada da televisão brasileira.
O presidente Lula também destacou em sua mensagem a relevância das locuções de Cid Moreira, que vão além do jornalismo. Um dos trabalhos mais icônicos de Cid foi a narração da Bíblia Sagrada, que teve um enorme impacto cultural e espiritual no Brasil. “Dono de uma voz única e poderosa, Cid se destacou pelas inúmeras locuções, sendo a mais célebre delas as gravações da Bíblia Sagrada”, escreveu Lula, ressaltando que o legado de Cid vai muito além das bancadas de telejornais. Com essas gravações, ele alcançou um público ainda maior, consolidando sua imagem como um comunicador que transcendia as fronteiras da informação.
Nascido em Taubaté, no interior de São Paulo, em 27 de setembro de 1927, Cid Moreira construiu uma carreira sólida ao longo de mais de sete décadas. Antes de se tornar o rosto do “Jornal Nacional”, ele passou por diversas rádios e emissoras de TV, onde desenvolveu seu estilo único de locução. Sua voz grave e pausada tornou-se um símbolo de seriedade e confiabilidade, características que o acompanharam até o fim de sua vida profissional. Mesmo após sua saída do jornalismo televisivo, ele continuou a ser uma referência, especialmente através de seu trabalho com a Bíblia e em locuções diversas.
Ao longo dos anos, Cid manteve-se próximo de seu público, seja através de redes sociais, onde compartilhava reflexões e mensagens, ou por meio de trabalhos especiais. A longevidade de sua carreira e a capacidade de se reinventar em diferentes contextos demonstram a grandeza de sua contribuição para a mídia brasileira. A voz de Cid Moreira, seja no jornalismo ou em seus projetos pessoais, tocou profundamente a vida de milhões de brasileiros, sendo reverenciada por diferentes gerações.
Com a morte de Cid Moreira, o Brasil perde um dos maiores ícones da televisão e do jornalismo, mas seu legado permanecerá para sempre. Seu estilo único de apresentar notícias e sua habilidade de comunicar com clareza e emoção fizeram dele uma referência insubstituível. A história da televisão brasileira não seria a mesma sem Cid Moreira, e seu nome continuará a ser lembrado como sinônimo de excelência no jornalismo e na narração. O impacto de sua voz e de sua presença continuará a ecoar na memória de todos que tiveram o privilégio de acompanhar sua carreira.