BOMBA: Após condenação de Bolsonaro, Trump ameaça o Brasil e choca ao dizer q… Ler mais

O julgamento que levou à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro repercutiu além das fronteiras brasileiras e atraiu declarações de peso no cenário internacional. O ex-presidente norte-americano Donald Trump, em entrevista a jornalistas, não apenas elogiou Bolsonaro, como também comparou a situação do brasileiro com os processos que ele próprio enfrentou nos Estados Unidos. A fala foi direta e carregada de tom político: “Eu assisti ao julgamento. Eu o conheço muito bem. Líder estrangeiro, ele era um bom… eu achava que ele era um bom presidente do Brasil. E é muito surpreendente que isso tenha acontecido. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram”, disse Trump, ressaltando o que classificou como um paralelo entre perseguições políticas.
As palavras do ex-presidente americano rapidamente ganharam espaço nos noticiários e redes sociais, mobilizando tanto apoiadores quanto críticos de Bolsonaro. Ao vincular a trajetória do líder brasileiro à sua própria, Trump reforçou a narrativa de que ambos foram vítimas de sistemas judiciais motivados por razões políticas. Esse discurso fortalece não apenas sua imagem entre eleitores conservadores nos Estados Unidos, mas também dá combustível à base bolsonarista no Brasil, que há meses denuncia supostos abusos do Supremo Tribunal Federal (STF).
A repercussão se tornou ainda maior após a reação oficial de Washington. O secretário do Departamento de Estado dos EUA, Marco Rubio, confirmou que o governo americano poderá adotar medidas contra o Brasil em resposta ao julgamento de Bolsonaro. Sem detalhar quais ações estariam em estudo, Rubio afirmou que a decisão do STF se enquadra em uma “caça às bruxas” e prometeu uma resposta considerada “adequada”. A declaração elevou a tensão diplomática e sinalizou que o caso pode ultrapassar o campo interno da Justiça brasileira, projetando-se no cenário internacional.
Rubio não parou por aí. Em publicação nas redes sociais, ele atacou diretamente o ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “violador de direitos humanos”, além de criticar os demais magistrados que participaram da decisão. “As perseguições políticas do violador de direitos humanos Alexandre de Moraes, sancionado, continuam, já que ele e outros membros do Supremo Tribunal Federal decidiram injustamente pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro”, escreveu. A acusação, vinda de uma figura influente da política externa americana, intensificou os questionamentos sobre a imparcialidade da Justiça brasileira no caso.
Especialistas em relações internacionais alertam que o tom adotado por Trump e Rubio não deve ser ignorado. Para eles, há uma estratégia clara em curso: associar o enfraquecimento de Bolsonaro à narrativa global de perseguição política a líderes conservadores. Essa visão pode servir tanto para reforçar a coesão da direita internacional quanto para pressionar o governo brasileiro em fóruns multilaterais. Por outro lado, críticos enxergam nas falas uma tentativa explícita de interferência nos assuntos internos de outro país, algo que historicamente provoca resistência e pode comprometer relações diplomáticas.
No Brasil, a reação foi imediata. Parlamentares alinhados a Bolsonaro celebraram as declarações de apoio como prova de que o ex-presidente estaria sendo alvo de injustiça. Já setores ligados ao governo e defensores do STF classificaram as falas como um ataque à soberania nacional e uma tentativa de deslegitimar as instituições. A polarização, que já era evidente, ganhou uma dimensão internacional, transformando o julgamento de Bolsonaro em um novo campo de batalha política dentro e fora do país.
A questão agora é até onde irá a tensão gerada pelas falas de Trump e Rubio. Caso os Estados Unidos avancem com medidas diplomáticas ou sanções, o Brasil poderá enfrentar não apenas um desgaste político, mas também impactos econômicos em setores estratégicos. Mais do que isso, o episódio reacende um debate central: até que ponto a Justiça brasileira está imune a pressões externas e internas? Enquanto isso, a opinião pública segue dividida, com uma parte enxergando perseguição e outra defendendo a legalidade das decisões judiciais. Uma coisa é certa: a prisão de Bolsonaro deixou de ser apenas um tema nacional e passou a ocupar o centro da arena internacional.
