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Descanse em paz Nathália: Morre querida JORNALISTA após c… Ver mais

Nesta quarta-feira (25), a jornalista Nathália Urban, de 36 anos, faleceu na Escócia, Reino Unido. Nathália estava internada em um hospital na cidade de Edimburgo, e as primeiras informações indicam que ela não resistiu após sofrer um acidente, embora detalhes ainda não tenham sido oficialmente confirmados. A notícia de sua morte causou grande comoção entre colegas de profissão, amigos e familiares, que têm utilizado as redes sociais para expressar seus sentimentos e homenagear a jornalista, que teve uma trajetória marcada pelo compromisso com causas sociais e populares.

Nathália Urban era amplamente reconhecida por seu trabalho como analista internacional e correspondente em veículos de mídia progressista, como Brasil 247, Brasil Wire e Jacobin Brasil. Seu ativismo e engajamento em lutas anti-imperialistas a tornaram uma referência no jornalismo político, especialmente no que diz respeito à América Latina. Uma de suas principais contribuições foi a criação do programa “Veias Abertas”, transmitido pela TV 247, que focava nas questões sociais e políticas da região. Nathália também colaborou com a Revista Fórum e participou de vários programas na TV Fórum, ampliando ainda mais sua influência no jornalismo independente e progressista.

A repercussão de sua morte foi imediata, e várias figuras públicas, jornalistas e ativistas manifestaram sua tristeza pela perda de Nathália. Renato Rovai, diretor de redação da Revista Fórum, lamentou a morte da colega em uma postagem nas redes sociais, dizendo: “Consternado com a morte da Nathália Urban. Deixo meu abraço solidário a todos os amigos e familiares. A vida é um sopro. Natália presente!”. Esse sentimento de perda tem sido compartilhado por muitos, que destacam o impacto positivo que Nathália teve tanto no jornalismo quanto em sua luta por justiça social.

Nathália Urban nasceu em Santos, litoral de São Paulo, e aos 15 anos mudou-se para João Pessoa, na Paraíba, onde iniciou sua jornada acadêmica na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), estudando Antropologia. Mais tarde, transferiu-se para São Paulo, onde cursou Ciências Sociais na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Foi durante essa fase de sua vida que Nathália começou a se interessar por questões sociais e políticas, utilizando seu conhecimento acadêmico como base para sua futura carreira no jornalismo. Seu desejo de “fazer a diferença” na sociedade a impulsionou a migrar para o jornalismo, onde encontrou sua verdadeira vocação.

Em 2013, Nathália decidiu buscar novas oportunidades internacionais e mudou-se para Londres, na Inglaterra. Nesse período, enfrentou desafios, incluindo o preconceito por seu sotaque enquanto trabalhava como recepcionista em um salão de beleza. No entanto, esses obstáculos a aproximaram de movimentos sociais e figuras influentes, como membros do Movimento de Independência da Escócia. Foi a partir dessa conexão que Nathália começou a se engajar mais profundamente em movimentos progressistas e ativistas, sempre com um olhar crítico sobre o imperialismo britânico e suas consequências históricas.

Aproximadamente três meses após sua chegada a Londres, Nathália decidiu se mudar para a Escócia. Foi nesse novo cenário que seu interesse pelo imperialismo e suas críticas ao sistema global começaram a se consolidar. Durante os anos seguintes, seu trabalho passou a se concentrar na luta contra as políticas imperialistas e na defesa das causas sociais, especialmente aquelas relacionadas à América Latina. Com a ascensão do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro no Brasil, Nathália intensificou sua atuação no jornalismo progressista, buscando denunciar abusos e desigualdades, e se tornou uma figura importante para a imprensa independente que se opunha ao regime.

Ao longo de sua carreira, Nathália Urban destacou-se por sua capacidade de unir o jornalismo com o ativismo social. Seu legado é marcado por sua luta constante por justiça e equidade, valores que ela defendeu tanto em suas reportagens quanto em sua vida pessoal. Sua morte deixa um vazio imenso no campo do jornalismo progressista, mas seu trabalho e suas ideias continuarão a inspirar aqueles que, como ela, acreditam na importância de lutar por um mundo mais justo.

Embora sua partida tenha sido prematura, Nathália Urban será lembrada como uma jornalista comprometida, uma ativista incansável e uma voz poderosa em defesa das causas populares. Sua trajetória é um exemplo de dedicação e coragem, e seu impacto no jornalismo e nas lutas sociais continuará a ressoar entre aqueles que compartilham dos mesmos ideais.