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Tristeza e dor: Estava tudo muito bem, de repente ele começa agonizar e morre na frente de todos após c… Ver mais

Um trágico acidente aconteceu na noite de quarta-feira (2), por volta das 21h45, envolvendo um menino de 10 anos que morreu após ser atingido por uma descarga elétrica enquanto brincava de esconde-esconde com um amigo. O incidente ocorreu em uma unidade da Academia Recife, localizada no Parque Doutor Arnaldo Assunção, no bairro de Engenho do Meio, Zona Oeste da cidade. Thomas Felipe Bandeira da Rocha, a vítima, estava escondido em um armário no momento em que sofreu o choque. Testemunhas relataram o desespero da cena, enquanto o garoto recebia os primeiros socorros.

O segurança Inaldo Moura, que mora nas proximidades da praça, estava caminhando no local quando tudo aconteceu. Ele gravou um vídeo logo após o acidente, mostrando um fio desencapado no armário onde o menino se escondeu e sofreu a descarga elétrica. Segundo ele, Thomas brincava de pique-esconde com um amigo quando decidiu se esconder dentro do armário da academia, onde são guardados pesos de musculação. Foi nesse momento que a tragédia ocorreu. O amigo de Thomas, assustado, gritou por socorro, atraindo a atenção de moradores da área.

A Secretaria de Esportes do Recife, responsável pela supervisão das Academias Recife, rapidamente se pronunciou, notificando o Instituto de Gestão de Esporte e Cultura (IGEC), entidade que administra os espaços. Além disso, um processo administrativo foi aberto para apurar as causas e responsabilidades do acidente. A prefeitura também destacou que a manutenção dessas academias é feita regularmente, e que a unidade do Engenho do Meio atende cerca de 2 mil pessoas. O incidente levantou questionamentos sobre a segurança e a infraestrutura desses espaços públicos.

Inaldo relatou que, ao ouvir os gritos do amigo de Thomas, ele correu até o local e viu uma mulher tentando puxar o braço do menino para fora do armário. Ao perceber que ele estava desmaiado, de imediato, ele e outros moradores usaram um pedaço de madeira para afastar o fio que aparentemente estava em contato com o garoto. Inaldo descreveu a angústia do momento, mencionando que, ao tentar reanimar Thomas, o menino deu um último suspiro, mas infelizmente não resistiu. A situação deixou todos os presentes profundamente abalados.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas a criança foi socorrida por um comerciante local antes mesmo da chegada da equipe médica. Thomas foi levado às pressas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Torrões, na mesma região. No entanto, ao chegar à UPA, a morte do menino foi confirmada pelos médicos. A família de Thomas, devastada pela perda, aguardava ansiosamente por alguma notícia na UPA, mas, infelizmente, receberam a triste informação de que o garoto não havia sobrevivido.

Anderson Oliveira, primo de Thomas, expressou a dor da família e cobrou justiça. Ele afirmou que alguém precisaria se responsabilizar pela tragédia, destacando que o armário onde o menino se escondeu jamais deveria estar energizado. A Neoenergia Pernambuco, empresa fornecedora de energia elétrica da região, informou que a responsabilidade pela instalação e operação da estrutura era da gestão municipal. Após o acidente, a companhia enviou uma equipe ao local para desligar o fornecimento de energia da unidade.

A Polícia Civil registrou o caso como “morte a esclarecer” e deu início às investigações para determinar as circunstâncias exatas do ocorrido. Ao mesmo tempo, o Instituto de Gestão do Esporte e Cultura (IGEC), responsável pela administração das Academias Recife, negou que houvesse fios desencapados ou expostos no local, afirmando que as atividades na unidade aconteciam normalmente e sem incidentes prévios. A empresa também informou que a manutenção mais recente da academia havia sido realizada em setembro e que está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.

Este trágico acidente trouxe à tona questões sobre a segurança nas academias populares e a responsabilidade pela gestão adequada desses espaços. A comoção gerada pela morte de Thomas Felipe Bandeira da Rocha reforça a importância de uma investigação completa e transparente, para que as devidas medidas sejam tomadas e situações semelhantes possam ser evitadas no futuro. A família, amigos e toda a comunidade local continuam em luto, buscando por respostas e aguardando justiça para o jovem garoto.