Olha o que a Polícia Federal disse sobre Bolsonaro, falou q… Ver mais
O inquérito da Polícia Federal (PF) sobre o caso das joias sauditas revela que as peças não estavam na fazenda de Nelson Piquet em Brasília, como afirmou o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas nos Estados Unidos, onde seriam leiloadas.
O relatório da PF, tornado público por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), detalha que os objetos foram enviados aos EUA e não estavam no Brasil durante a investigação.
Segundo a PF, a preocupação dos envolvidos era evidente nas comunicações interceptadas. Em uma conversa, Marcelo Câmara, então assessor de Bolsonaro, expressa preocupação com uma possível vistoria do Tribunal de Contas da União (TCU) na fazenda de Piquet, mencionando que os objetos não estavam lá, mas nos EUA, aguardando leilão.
O relatório indica que os itens foram separados e enviados para diferentes locais nos EUA: um relógio Rolex foi vendido para a loja Precision Watches na Pensilvânia, enquanto outras peças foram destinadas a lojas no Seybold Jewelry Building em Miami.
A defesa de Bolsonaro, representada por Fabio Wanjgarten, emitiu uma nota destacando que todos os presentes recebidos pelo presidente seguem um protocolo de catalogação e que Bolsonaro não teria influência sobre esse processo. A nota também critica a investigação por se focar exclusivamente em Bolsonaro, ignorando casos semelhantes em governos anteriores.
Além disso, a defesa menciona que Bolsonaro, ao ser notificado sobre a investigação pelo TCU, voluntariamente solicitou que os bens fossem depositados na Corte de Contas, indicando que não tinha intenção de manter os itens para si.
A defesa também contesta a competência do STF para julgar o caso e manifesta indignação com as alegações de que Bolsonaro teria tentado se beneficiar financeiramente com as joias, alegação posteriormente corrigida pela PF.
A investigação sobre as joias sauditas continua a ser um tema controverso, com implicações legais e políticas significativas.